ÉDIPO REC

16° trabalho do Grupo Magiluth (2024)


Para celebrar duas décadas de uma pesquisa continuada, o grupo recifense Magiluth propõe uma reflexão sobre o mundo de hoje apartir de um grande clássico da literatura. O espetáculo Édipo REC, uma releitura do texto de Sófocles. A peça, a 16a da companhia, reforça a parceria do grupo com o encenador paulista Luiz Fernando Marques.No elenco estão Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Mário Sergio Cabral e Pedro Wagner. Há também a presença da atriz convidade para o espetáculo Nash Laila, parceira do Magiluth em trabalhos audiovisuais, como a série Chão de estrelas e o filme Tatuagem.


Édipo REC brinca com a cronologia, ou seja, os acontecimentos não seguem uma ordem linear. O grupo também optou por este caminhopara questionar a noção de tempo no teatro: como dimensionar algo que não é palpável?Tudo começa com a alegria de um reino que vive seu momento de renascimento, marcado aqui pelo exagero, em um paralelo com a contemporaneidade, em que existe a produção excessiva de imagens, tanto as de câmeras de segurança quanto às capturadas pelos celulares para o compartilhamento nas redes sociais. Por isso o Corifeu é a câmera.


Durante esse momento de descontração, muitas pequenas situações trágicas podem acontecer. E, nos dias atuais, em algum lugar, alguém pode estar gravando. Nesse contexto, talvez seja melhor não investigar o passado e seguir vivendo. Por que, afinal, quanto tempo dura uma tragédia? 20 anos? Uma vida inteira? Por toda a eternidade?

Em meio a uma tensão sutil, mas crescente, apresentam-se aqueles personagens que estão no imaginário literário há séculos: Édipo, Jocasta, Creonte, Tirésias, Corifeu, Coro e Mensageiro. Mas eles não estão sós. Na verdade, estão todos na convivência com outros corpos, de outros tempos, com suas pestes, seus enigmas, suas sinas.


Assim, o espectador acompanha um jogo cruzado de tempo e espaço. Tebas transforma-se em uma Recife fantasmagórica e presentificada. “O público vivencia duas experiências: a primeira é essa grande celebração, quando Édipo tem esperança de fugir do próprio destino. Depois, as pessoas passam a acompanhar a tragédia em si, junto com o protagonista. A linguagem audivisual foi fundamental para a construção do espetáculo. O grupo foi buscar inspirações e referências no cinema e uma das primeiras obras foi o longa Édipo Rex (1967), do italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975). O experimentalismo era outra questão importante para o Magiluth. Por isso, as pesquisas evoluíram para o cinema underground japonês. Assim, Funeral das Rosas (1969), de Toshio Matsumoto (1932-2017), serviu como uma referência poética para Édipo REC. A obra faz um mergulho no deslumbrante mundo noturno das drags e divas de Tóquio na década de 60.Outros filmes que serviram de base para o trabalho foram Hiroshima, meu

amor (1959), de Alain Resnais (1922-2014); Cinema Paradiso (1990), de Giuseppe Tornatore (1956-); e Cabaret (1972), de Bob Fosse (1927-1987).


Édipo REC questiona o papel do teatro e do cinema nos dias de hoje. “Nos perguntamos se essas artes são capazes de dar conta de tantas dores e tragédias. E ao mesmo tempo, queríamos entender por que as pessoas sairiam das suas casas para assistir a uma história tão antiga.


SINOPSE


“Um determinado momento da vida

em que surgem memórias repentinas, involuntárias

e vívidas de experiências pessoais passadas.

Em muitos casos, essas memórias poderosas estão

intimamente ligadas a eventos traumáticos.”

Esse é o conceito de Flashback, mas poderia ser

sobre a vida de Édipo, não é? Então será!

Vamos a Édipo REC, a tragédia à la Magiluth.

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TRAILER

ESPETÁCULO




FICHA TÉCNICA


CRIAÇÃO

Grupo Magiluth,

Nash Laila e Luiz Fernando Marques


DIREÇÃO

Luiz Fernando Marques


DRAMATURGIA

Giordano Castro


ELENCO

Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira,

Giordano Castro, Lucas Torres,

Mário Sergio Cabral, Nash Laila

e Pedro Wagner


DESIGN DE LUZ

Jathyles Miranda


DESIGN GRÁFICO

Mochila Produções


FIGURINO

Chris Garrido


TRILHA SONORA

Grupo Magiluth,

Nash Laila e Luiz Fernando Marques


CENOGRAFIA E MONTAGEM DE VÍDEO

Luiz Fernando Marques


CENOTÉCNICO

Renato Simões


VÍDEO MAPING E OPERAÇÃO

Clara Caramez


CAPTAÇÃO DE IMAGENS

Bruno Parmera, Pedro Escobar

e Vitor Pessoa


EQUIPE PRODUÇÃO DE VÍDEO

Diana Cardona Guillén,

Leonardo Lopes, Maria Pepe

e Vitor Pessoa


PRODUÇÃO

Grupo Magiluth e Corpo Rastreado