O ANO 
EM QUE SONHAMOS 
PERIGOSAMENTE 
8º Trabalho do Grupo Magiluth | Ano: 2015

APRESENTAÇÃO
     
“O ano em que sonhamos perigosamente” é o oitavo trabalho do grupo Magiluth. Uma soma dos onze anos de trajetória do grupo com o momento atual em que vivemos (política, movimentos, ocupações e a natureza das coisas). O trabalho teve como disparadores iniciais, a obra cinematográfica do grego Yorgos Lanthimos e os pensamentos de Slavoj Zizek e Gilles Deleuze.
     
É uma obra aberta a múltiplas interpretações, um ensaio de resistência ético-estético-político, são linhas, não formas pré-estabelecidas. Pode-se fugir, esconder, confundir, sabotar, cortar caminho. Não que existam caminhos certos. Existem caminhos certos? Não sabemos. Há, porém, a subjetividade e todas as suas nervuras e ramificações. Não há um modelo fechado. Não há ligação definitiva. São linhas de intensidade, apenas linhas de intensidade.
     
Os movimentos emancipatórios que desabrocharam mundialmente, a exemplo do Occupy Wall Street, a Primavera Árabe e da Revolução Laranja na Ucránia, ainda que distintos em suas expressões e questionamentos, de alguma maneira reverberaram no Brasil em Junho de 2013. Outro rizoma desses “sonhos emancipatórios” é o Movimento Ocupe Estelita que se torna latente e pulsante nos nossos corpos e discurso. Uma percepção racional do mundo? Um zeitgeist talvez. Colocaram uma lupa na crise do capitalismo e por consequência, na crise dos modelos de poder dos estados. Assim como Lanthimos enfoca conflitos familiares para falar sobre o colapso nacional grego, “O ano em que sonhamos perigosamente” utiliza o próprio “fazer teatral” para questionar o momento político atual.
     
Quatro homens treinam. Buscam novas formas e composições de/para construir algo belo, algo que ainda não se sabe o nome. A ação, por si mesma e em si mesma, não muda. As pessoas, sim. As pessoas dançam.
     
“O ano em que sonhamos perigosamente” foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014 de montagem. A dramaturgia é fruto do projeto Jogo Magiluth: Manuntenção de Pesquisa, pelo Funcultura 2013/2014, e recebe apoio do Centro de Formação e Pesquisa Apolo-Hermilo peloedital de pesquisa 2015.1
    
SINOPSE  

“Essa coisa que eu fiz, dizem que vem dos gregos. É tipo... uma coisa. Tem beleza. É uma coisa que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, fazem para outra pessoa, ou para outro grupo de pessoas. Pode ser algo planejado, ou algo inventado na hora. Essa coisa que você faz para o outro, tem que ser algo com o objetivo de apresentar uma situação e des- pertar sentimentos e reflexões. Dizem que vem dos gregos. Ah, essa coisa também pode ser o lugar onde se desenvolve isso. Esse tipo de coisa com beleza.”

FICHA TÉCNICA
         
Direção: Pedro Wagner
Dramaturgia: Giordano Castro e Pedro Wagner
Atores: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Pedro Wagner Stand in: Lucas Torres e Bruno Parmera
Preparação Corporal: Flávia Pinheiro
Desenho de Som: Leandro Oliván
Desenho de Luz: Pedro Vilela
Direção de Arte: Flávia Pinheiro
Design Gráfico: Bruno Parmera
Fotografia: Renata Pires
Caixas de Som: Emanuel Rangel, Jeffeson Mandu e Leandro Oliván
Técnico: Lucas Torres e Bruno Parmera
Realização: Grupo Magiluth
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